Espaços Afetivos

Nossa casa é a extensão de nossa personalidade. As pessoas buscam uma casa que retrate sua história, com desejo de dar identidade ao espaço que habitamos.

Mas uma dúvida frequente é como fazer isso. De que forma os espaços podem contar a história da família? Como nossos gostos podem estar visíveis na decoração?

Qual a relação que estamos construindo com os espaços que habitamos? Nossas casas carregam as nossas memórias?

Qual o primeiro passo?

A primeira coisa que podemos fazer para começar esse processo é investir em autoconhecimento. Sim! Conhecer qual a sua verdadeira essência, sua personalidade.

Você gosta de cozinhar? Se sente bem recebendo seus amigos em casa? Ama tirar um tempinho para ler ou assistir um filme? Aprecia os momentos em que pode curtir um bom vinho ou um café? Tudo isso reflete seu estilo de vida, seus pensamentos, gostos e convicções, e o que quer transmitir como indivíduo e pode ser traduzido na forma como você se expressa em sua casa.

O papel do profissional nesse momento é entender e interpretar seus desejos transformando-os em um conceito que retrate sua identidade e que alie funcionalidade e estética. Ele consegue fazer com que o espaço funcione através dos estudos de layout, fluxos, ventilação e junto a isso traz harmonia por meio das proporções, cheios e vazios, composições de objetos, criando elementos de destaque, alinhando o ambiente com sua personalidade.

Sua casa é uma extensão de você!

Sua casa pode contar sua história, celebrar suas memórias e isso pode ser feito através da decoração afetiva. Fotos de família, lembranças de viagens, livros que você gosta, peças de família, todos esses itens são memórias e fases de nossas vidas que podem ser reinterpretadas no projeto de interiores.

Separamos um projeto muito especial de nosso escritório em parceria com a Arquiteta Junia Braz para exemplificar algumas dessas situações descritas acima. Trata-se de uma Sala de Estar Íntima para uma família apreciadora de arte, com mobiliários e decoração que se referem ao design emocional e enchem o ambiente de personalidade, memória e beleza. Com peças que foram passadas de pai para filho, o espaço conta e cria novas histórias.

Neste esquema abaixo listamos os principais momentos em que a decoração afetiva esteve presente, bem como elementos arquitetônicos que foram utilizados para realçar cada objeto que carrega memórias.

Nesta circulação a treliça no teto atua como a marcação de um percurso para a valorização de elementos que têm carga afetiva, como a escultura de José Bento e a tela de Amilcar de Castro, que evocam memórias no espaço.

A tela de Amilca de Castro e a escultura de José Bento recebem destaque também através da iluminação direcionada que evidencia ainda mais sua essência e originalidade.

 

Um dos destaques dos adornos utilizados nesse projeto é a luminária em forma de lâmpadas e que faz toda a diferença ao criar uma ambiência de aconchego e conforto. Exerce sua função formal e enriquece ainda mais o espaço com sua elegância.

As mantas no sofá são maneiras de personalizar o espaço com objetos identitários. Elas podem ser adquiridas em alguma viagem especial ou passadas como herança de família, e além de tudo trazem aconchego e conforto para o ambiente.

Os livros são outra forma de trazer ainda mais identidade ao ambiente pois além de contar histórias ou trazer informações, falam muito sobre os gostos e as memórias de quem os possui. Nesse projeto a estante vazada os coloca em evidência, contrastando com o pano de fundo que são pedras naturais.

A busca por um espaço que remeta sua essência começa dentro de você e se concretiza através da interpretação e espacialização da sua personalidade. Por isso invista em você! Viaje, leia, se descubra, se permita e deixe sua casa refletir sua alma!

 

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